17 de março de 2015

Bom tarde amigos.
Muito tem se discutido acerca do Projeto de Lei 06/2015 de minha autoria que “Institui no âmbito do Município de Santa Bárbara d’Oeste, a Campanha de Incentivo ao Parto Normal”, gostaria de ressaltar e esclarecer os seguintes pontos:
1º O presente Projeto não visa obrigar, nem induzir as gestantes ao parto normal, mas sim, informar sobre os benefícios e cuidados que o mesmo possui, por isso o mesmo é constituído na realização de palestras, conferências e outras atividades, visando esclarecer acerca dos benefícios que o parto normal traz para mãe e ao bebê. No nosso meio, a liberdade de escolha da via de parto pela paciente é um grande avanço que não deve ser desprezado, devendo a gestante estar ciente de todos esses fatores para poder escolher conscientemente, junto com o médico, o melhor parto para ela e para seu bebê.
2º No Brasil, a prevalência do parto normal em 2011 foi de 56%, de acordo com o relatório da Unicef "Situação Mundial da Infância". Essa porcentagem merece ser ainda maior, uma vez que a retirada do bebê de forma natural traz muito mais vantagens para a mãe e a criança. O indicado pela OMS é que até 15% dos partos seja cesariana, e os índices no Brasil são bem mais altos do que isso. O risco de morte materna associada à cesariana, por exemplo, é 3,5 vezes maior que o método natural, além do vínculo entre a mãe e o filho também tem mais chances de ser mais intenso em um parto normal.
3º Segundo pesquisas, a grande reclamação das mulheres, é de que os médicos induzem ao parto cesáreo. Elas dizem que os médicos fazem isso devido à cesariana ser mais cômoda para eles, afinal, este parto dura cerca de duas horas enquanto um parto normal pode durar 12 horas.
4º Segundo a gerente-geral de regulação assistencial da Agência Nacional de Saúde Suplementar, Marta Oliveira, o problema da escolha pela cesariana é cultural. A cultura influi bastante nesta decisão através do medo da dor, que é passado de geração para geração. Ela chama a atenção para o fato de as cesarianas serem literalmente agendadas, ou seja, a mulher nem chega a entrar em trabalho de parto e o bebê, por isso, acaba nascendo imaturo (com o pulmão ainda com líquido). “Se tivéssemos 90% de partos cesáreos e estivesse tudo bem, sem problemas. A questão é que temos a prematuridade aumentando e muitos bebês ficando em UTIs. Este tipo de consequência nos preocupa”, diz.
5º O parto normal sem dor hoje é uma realidade, com a anestesia precoce e medicações disponíveis para serem usadas com segurança. Muitas mulheres querem parto normal de qualquer forma, mas não devem esquecer que, quando um parto complica, muitas vezes é necessário optar por cesárea para preservar a saúde do bebê e da mãe.

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